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O ‘Sheik dos Bitcoins’ é Francisley Valdevino da Silva, um empresário condenado pela Justiça Federal do Paraná a 56 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado. Ele foi acusado de liderar um esquema de pirâmide financeira relacionado a investimentos em criptomoedas.
Qual foi a dimensão do esquema?
Seguindo informações da Polícia Federal, o esquema movimentou mais de R$ 4 bilhões entre 2018 e 2022 e prejudicou cerca de 15 mil pessoas que confiaram seus investimentos ao ‘Sheik’.
Como o ‘Sheik dos Bitcoins’ convenceu as vítimas a investirem?
Ele persuadia as vítimas oferecendo promessas de altos retornos através de operações com criptoativos. Os investidores eram levados a acreditar que seu dinheiro seria bem aplicado.
Para que o dinheiro dos investidores era usado?
Os valores recebidos por Francisley eram direcionados para a compra de imóveis de luxo, carros importados, aviões, joias e também para realizar viagens extravagantes.
O que o advogado disse sobre as ações do ‘Sheik dos Bitcoins’?
O advogado ressaltou que o acusado agia de maneira a “converter o Real em um lixo”, indicando um desprezo total pelas pessoas que confiam em suas promessas e aplicam suas economias suadas.
Como a Justiça descreveu o comportamento do réu?
Na sentença proferida pelo juiz federal Nivaldo Brunoni, foi destacado que o réu teve total desrespeito em relação aos seus investidores. Muitas das vítimas tinham investido suas economias de toda a vida e até convencido amigos e familiares a seguir o mesmo caminho.
O que aconteceu com os bens e valores apreendidos?
Os bens e valores confiscados foram destinados ao Juízo da 2ª Vara de Falência e Recuperação Judicial de Curitiba para compensar as vítimas lesadas pelo esquema fraudulento.
O ‘Sheik dos Bitcoins’ pode apelar em liberdade?
Não, ele não poderá recorrer em liberdade. Estava preso desde o início de agosto por descumprir medidas judiciais e continuou a cometer fraudes mesmo durante o processo judicial.
Qual foi a estratégia do acusado para dificultar a responsabilização?
O ‘Sheik’ montou mais de 80 empresas diferentes, utilizando essa estrutura para diluir suas responsabilidades em relação aos golpes. Quando uma empresa deixava de dar resultados, ele simplesmente encerrava as operações, deixando os clientes no prejuízo.
Esse caso serve de alerta sobre os riscos envolvidos em investimentos não regulamentados, especialmente em um mercado tão volátil como o de criptomoedas.