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Movimento “Quiet beauty” defende beleza natural e segura

Quiet beauty

Foto: Reprodução

O movimento “Quiet beauty”, que promove a beleza tranquila, natural e equilibrada, foi criado por renomados dermatologistas brasileiros para combater os excessos e os resultados artificiais frequentemente associados à harmonização facial. O lançamento oficial ocorreu no Medical Advanced Aesthetic Congress (MAAC), em São Paulo, no início do mês, com a presença de Annia Cordeiro, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraná (SBD-PR), como uma das palestrantes.

Annia ressaltou a importância de utilizar protocolos seguros que priorizem a naturalidade e o bem-estar dos pacientes em tratamentos estéticos. Segundo ela, os dermatologistas sérios trabalham com resultados naturais, evitando exageros que possam comprometer a aparência e a saúde do paciente. “Queremos proporcionar tratamentos que valorizem a beleza real, sem exageros, sempre focando na qualidade da pele e no bem-estar do paciente”, explicou.

Excessos no mercado estético causam riscos para a saúde?

O movimento “Quiet beauty” surge em resposta ao aumento de profissionais não médicos que realizam procedimentos estéticos, muitas vezes oferecendo resultados desproporcionais que podem levar a deformações físicas e problemas de saúde mental. Annia destacou que a banalização desses procedimentos tem causado danos irreparáveis a muitos pacientes, tanto física quanto emocionalmente.

Um exemplo alarmante foi a morte de um empresário em São Paulo, em junho, após se submeter a um peeling de fenol realizado por uma influencer digital. Em outro caso recente, um cirurgião dentista em Belo Horizonte, que se apresentava como “especialista em estética facial”, realizou cirurgias que não estão autorizadas para sua profissão, como rinoplastias e lifting faciais. Diversas vítimas relataram erros graves e sequelas permanentes.

Como está a conscientização e a segurança nos procedimentos estéticos?

Annia reforçou a importância de procurar profissionais médicos certificados para evitar complicações durante a realização de procedimentos estéticos. “A escolha de um profissional qualificado evita que pacientes caiam nas mãos de falsos especialistas, o que pode colocar sua vida em risco”, alertou. Ela também destacou que a quantidade de seguidores nas redes sociais não deve ser o principal critério na escolha de um profissional, uma vez que muitas imagens são manipuladas por filtros e não refletem a realidade.

O que diz  a Lei do Ato Médico e a segurança do paciente?

A Lei 12.842/13, conhecida como Lei do Ato Médico, estabelece que apenas médicos estão habilitados a realizar certos procedimentos invasivos, como intervenções estéticas. Essa legislação visa garantir a segurança do paciente e evitar que práticas arriscadas sejam realizadas por profissionais sem a devida qualificação.

Profissionais que desrespeitam a Lei do Ato Médico podem ser indiciados por exercício ilegal da medicina, lesão corporal e até homicídio, dependendo da gravidade dos danos causados ao paciente.

Quiais as melhores ações educativas para prevenir riscos?

Para Annia, é fundamental ampliar as campanhas educativas sobre os riscos de se submeter a procedimentos com profissionais não médicos ou sem a devida especialização. A presidente da SBD-PR também alertou que as redes sociais nem sempre mostram a realidade e que é importante entender o conceito de beleza única e personalizada, sem seguir modismos.

Com o movimento “Quiet beauty”, dermatologistas buscam conscientizar tanto profissionais quanto pacientes sobre a importância de tratamentos que priorizem a saúde e a naturalidade, promovendo uma estética responsável e segura.

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