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Estratégias de redução da gravidez na adolescência no Paraná

Foto: Ari Dias/AEN

  • O número de mães adolescentes com até 19 anos vem mostrando uma tendência de diminuição no estado do Paraná. Segundo dados levantados pela Secretaria de Estado da Saúde no Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc) do governo federal, em 2019 houve um registro de 18.169 mães adolescentes, enquanto em 2023 esse número caiu para 12.769, representando uma redução significativa de 29,7%.
  • Esses números revelam uma mudança no perfil de gestações precoces não apenas no estado, mas em todo o país, onde houve uma diminuição de 27,8% de nascimentos de mães adolescentes, com 399.922 casos em 2019 e 288.520 em 2023, de acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS).
  • O enfrentamento da gestação precoce se coloca como uma das prioridades do Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa). Dentro da Linha de Cuidado Materno Infantil, foi criada uma abordagem para fortalecer a assistência à saúde de gestantes de todas as faixas etárias e de crianças, estabelecendo diretrizes para um cuidado abrangente. Essas iniciativas ocorrem de forma progressiva, como evidenciado pelos números de casos de mães adolescentes ao longo dos anos: 15.957 em 2020, 15.186 em 2021, e 13.656 em 2022. Um levantamento parcial da Sesa indicou que, de janeiro a maio de 2023, 3.960 bebês nasceram de mães entre 15 e 19 anos.
  • A gravidez na adolescência é mais do que um desafio de saúde pública; está intrinsecamente ligada a fatores sociais, culturais e educacionais que permeiam toda a sociedade. Para abordar essa questão de maneira abrangente, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destaca a importância de garantir acesso e atenção de qualidade às mulheres nesse estágio da vida, desde a gestação até o período pós-parto. Ele ressalta a necessidade de um esforço coletivo para promover o acesso a preservativos e assim prevenir gestações indesejadas em menores de idade.
  • O secretário reforça o compromisso do governo em melhorar os indicadores relacionados à assistência de saúde e à educação em saúde. Carolina Poliquesi, chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Sesa, aponta que a ocorrência da gravidez na adolescência é um resultado complexo que requer ações coordenadas e envolvimento de diversos setores. É crucial que os profissionais de saúde discutam educação sexual e métodos contraceptivos com as gestantes durante o pré-natal, visando evitar gestações não planejadas, especialmente na adolescência.
  • Embora tenha havido avanços, a incidência de gravidez não planejada na adolescência permanece alta. Em 2023, dos 139 mil nascimentos registrados, 9% ocorreram em mulheres entre 15 e 19 anos. Fernanda Crosewski, chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da Sesa, destaca a importância de não somente prevenir, mas também ampliar as ações já em curso, como o Programa Saúde na Escola, que aborda a Saúde Sexual e Reprodutiva como uma das iniciativas fundamentais, garantindo os direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes.
  • O Programa Saúde na Escola, uma iniciativa federal, destaca-se por suas estratégias de integração permanente entre a saúde e a educação para alunos do 6º ano até o Ensino Médio. Essa abordagem visa não apenas fornecer informações e serviços de saúde aos adolescentes, mas também promover uma educação abrangente sobre questões de saúde sexual e reprodutiva, contribuindo para a redução da gravidez na adolescência e para a garantia de um futuro mais saudável e promissor para jovens em todo o país.
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