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Receita diz que não vai cobrar pix

A Receita Federal reforçou as regras de fiscalização de transferências financeiras digitais, como Pix e cartões de crédito, a partir de 1º de janeiro de 2025. Apesar do aumento no monitoramento, o Fisco esclareceu que não haverá criação de novos impostos, rebatendo informações falsas que circularam nas redes sociais.

Limites para Monitoramento

As novas normas estabelecem que:

  • Para pessoas físicas, transações que somam R$ 5 mil ou mais por mês deverão ser notificadas à Receita.
  • Para pessoas jurídicas, o teto é de R$ 15 mil mensais.

Os limites se aplicam a transferências via Pix, cartões de crédito e transações feitas por fintechs, bancos digitais e carteiras virtuais. Bancos tradicionais e cooperativas de crédito já seguiam essas obrigações anteriormente.

Impacto no Imposto de Renda

A Receita informou que os valores fiscalizados integrarão a declaração pré-preenchida do Imposto de Renda de 2026 (ano-base 2025). Isso deve reduzir erros e inconsistências, evitando que os contribuintes caiam na malha fina.

Modernização da Fiscalização

A Receita também anunciou mudanças na forma como os dados serão coletados:

  • Extinção da antiga Declaração de Operações com Cartões de Crédito (Decred), criada em 2003.
  • Substituição por um módulo específico para cartões de crédito dentro da plataforma e-Financeira, que opera no Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).

O sistema e-Financeira consolida dados como valores movimentados em contas bancárias, sem especificar a origem ou a natureza das transações, garantindo maior segurança e sigilo.

Sigilo Bancário e Fiscal

Em comunicado, a Receita Federal garantiu que as mudanças respeitam integralmente as normas de sigilo bancário e fiscal:

  • O sistema não identifica o destinatário ou a origem das transações, apenas totaliza os valores movimentados.
  • Relatórios semestrais serão enviados à Receita:
    • Até agosto, para o primeiro semestre.
    • Até fevereiro, para o segundo semestre.

Objetivo da Medida

Segundo a Receita, o reforço na fiscalização busca:

  • Melhorar o gerenciamento de riscos tributários.
  • Modernizar a fiscalização com a inclusão de novas instituições financeiras, como fintechs.
  • Oferecer melhores serviços aos contribuintes, como maior precisão na declaração pré-preenchida do Imposto de Renda.
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