fbpx

Força Nacional reforça segurança na terra indígena Tekoha Guasu Guavirá

Aumento do Efetivo e Contexto do Conflito

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou um aumento de 50% no efetivo da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, localizada entre Guaíra e Terra Roxa, no oeste do Paraná, próxima à fronteira com o Paraguai. A medida foi tomada após ataques violentos na noite de sexta-feira (3), que deixaram quatro indígenas feridos por tiros, incluindo uma criança.

As vítimas foram atendidas na UPA de Guaíra e no Hospital Bom Jesus de Toledo, a 100 km do local. A situação acendeu alertas e mobilizou forças de segurança para intensificar o patrulhamento e proteger a comunidade indígena.

Histórico de Ataques

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) denuncia um aumento nos conflitos na região desde o final de dezembro. Relatos incluem:

  • Disparos de arma de fogo e bombas contra a aldeia.
  • Incêndios em vegetação, plantações e moradias da comunidade Avá-Guarani.
  • Imagens de ataques recentes que circulam nas redes sociais.

A demarcação da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, em processo, tem intensificado as tensões locais, segundo o Cimi.

Reforço da Segurança

Após os ataques mais recentes, a FNSP aumentou sua presença na região. Segundo o MJSP:

  • Equipes de prontidão e sobreaviso foram acionadas.
  • O policiamento ostensivo é realizado em conjunto com a Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar do Paraná.
  • A FNSP também auxilia na realocação de moradores para áreas mais protegidas dentro da aldeia.

A PF conduz investigações para identificar os responsáveis pelos ataques e evitar novos incidentes.

Críticas ao Desempenho da Força Nacional

Apesar das ações, entidades indígenas criticam a atuação da FNSP na região. Em nota conjunta, organizações como a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) e o Cimi afirmam que a resposta da Força Nacional tem sido insuficiente:

“Relativiza as denúncias e chega sempre atrasada, depois que os indígenas já foram agredidos.”

O MJSP ainda não se posicionou oficialmente sobre as críticas.

Medidas e Monitoramento Contínuo

O MJSP afirma que as ações preventivas estão sendo intensificadas para evitar a escalada de tensões. “A situação permanece sob vigilância contínua pelas forças de segurança, com reforços programados para garantir a proteção da comunidade”, afirmou em nota.

compartilhe
WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Email
MAIS NOTÍCIAS